Que milagre é esse que faz um bom jazz restaurar a alma como se a criasse novamente, destruindo da alma velha todos os pesos e infortúitos, todos os invisíveis terrores insones? O quarto é o mesmo, o cheiro é o mesmo, a iluminação é a mesma, a conta bancária é ainda menor, a solidão vai do mesmo jeito. Mas o jazz toca, o jazz preenche o ambiente, e a alma muda. Muda completamente. Muda para outra, de um jeito que nem se eu fosse rico, nem se todos os amigos aparecessem, nem se os problemas todos sumissem...
Fica o tempo lá fora com seus problemas, que eu fico aqui com o meu jazz, e está tudo certo.
sábado, 16 de novembro de 2019
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