domingo, 29 de maio de 2016

Réus

A conversa estava normal, tal qual esperado, até que ela, casualmente, confessou: "escrevo poesias, mas só vão ler depois que eu morrer!". Como podem as palavras restarem ali fechadas, mudas? É um paradoxo, é uma violência. E, ainda assim, o mesmo sucede a todos os espíritos seja em poesia escrita ou pensada. Diga, ó Deus, que se há um crime do qual toda a humanidade é culpada então é este: nos mantemos em cárcere privado, não é?

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