Eu cresci em um universo cheio de intersecção de importâncias. Lá no clube, nos churrascos de fim de tarde aos sábados, os presidentes de grandes empresas dividiam o balcão e os pedaços de picanha com os faxineiros e o pessoal de "serviços gerais" lá da marina. Quando criança eu passava as férias de meio do ano no interior de São Paulo. Até chegarmos ao sítio do meu pai passávamos, de carro, por inúmeros desconhecidos ao longo do caminho. Independentemente de quem fosse, se gente andando a pé ou de carro, cumprimentávamos. Um aceno com a mão. Com a cabeça. Por isso tudo é que eu acho muito estranho esse medo que as pessoas da cidade têm dos chefes. O chefe visita pouco o local de trabalho e conversa pouco com as pessoas. Porque tem sempre assuntos para resolver. Está sempre com diversas preocupações. Mas, eu juro, por trás desse véu de mistério e suspense é só um ser humano como qualquer outro.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
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