quinta-feira, 14 de maio de 2015

Madrugada

Era um grande barco, e eu virava o leme e algumas pessoas caiam. Outras apareciam, não sei da onde. E então um barulho de vidro. Vidro quebrando. Abri os olhos. Quatro da madrugada. Haveria alguém na cozinha? Pensei em chamar a polícia. Havia alguém na cozinha, um copo caiu e acordei assustado com o barulho, no meio de um sono. Mas tudo era silêncio. Silêncio absoluto. O que eu deveria fazer? Esperando chegar a alguma conclusão sensata sobre o que fazer, fiz precisamente nada. E o tempo foi passando. E com o continuar do silêncio, levantei e fui até a cozinha, onde encontrei tudo na mais absoluta ordem. Será que o barulho foi em outro lugar? Na rua? No vizinho? Ou... no meu sonho? Mas quem iria quebrar um copo de vidro naquele navio? Os sonhos deveriam ter uma incoerência minimamente coerente.

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