Descobri que não sou necessário. Descobri que posso morrer de repente. Vítima de um crime, de um acidente, ou de um equívoco das batidas do coração. E o mundo seguiria seu curso. O aquecimento global, os trabalhadores voluntários, o preço do pastel. A morte injusta dos pinguins, os xingamentos de trânsito, as denúncias de corrupção. Tudo isso seguiria em frente. E então qual a razão de eu me preocupar em permanecer vivo?
Não me entendam mal. Para a alegria de uns e tristeza de outros, afirmo categoricamente: não estou pensando em suicídio.
Estou, isso sim, pensando na necessidade de viver "como se deve". Assistindo tais e tais programas de TV. Tendo esta e aquela rotina. Sendo a pessoa que devo ser.
Estou, de outro modo, descobrindo a liberdade de existir de outros modos. De um modo que não condiz com as expectativas pouco criativas com que a sociedade nos olha. Casamento. Filhos. Casa própria. Carro na garagem. Terno e gravata nos dias de semana.
Adeus mundo!
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