As pernas não estão exatamente confortáveis. Mas a sensação de me contorcer em posições não projetadas, esticando-as para o lado por sobre o assento vazio, dá algum alívio. Vejo, no vidro oposto, meu reflexo. Um adulto com um livro na mão. A trepidação da estrada faz a imagem ficar um tanto quanto distorcida. Mas nisso há uma nítida verdade: é assim que nos enxergamos, sem detalhes suficientes. Sem perceber o movimento por completo. Mas, ainda assim, seguindo adiante.
domingo, 21 de junho de 2015
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