quarta-feira, 1 de abril de 2015
Foi bem assim mesmo
Chegamos na sala de espera. Uma multidão Sábado chuvoso, aquele cheiro de gente molhada. Olhei para ela a fim de conferir. Ufa, sobreviveu à chuva também. Ofereci: café ou água? Café, café! Fui à máquina de café só para constatar que ela não fazia nada. Não me dei por vencido. Comecei a apalpar atrás dela (da máquina), e aí ela (a namorada) falou: vai mexer aí mesmo? Será que pode? Está desligada! Vou ligar. Liguei. A máquina. E uma luz vermelha apenas. Nada da luz verde. Luz verde é boa, vermelha é ruim. Comecei a abrir os compartimentos superiores. Essa caixinha aqui está cheia de café. Essa outra de um pó diferente. Deve ser o do capuccino. E essa outra.. ah há! Cadê a água? Comecei a pegar água do bebedouro e colocar com cima dela (da máquina), e ela (minha namorada) ficou apreensiva: vão dar bronca na gente! Mas a máquina não está quebrada, só está sem água, e é para uso das pessoas da sala de espera, que somos nós, então pronto. Tudo certo. Tomei um café. E ela, um capuccino. Estava uma delícia. Tanto que outras pessoas se aproximaram. E foram se deliciando até acabar a água. Seguindo meu exemplo, que haviam observado com aquela reclusa expectativa pela tragédia alheia, pegaram água do galão do bebedouro e foram fazendo mais café. Fiquei orgulhoso do meu feito e da inspiração que tive sobre aquela gente. Até que fiquei com sede e constatei que haviam usado toda a água.
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