Vermelho, verde, azul... São diversos véus.
Ele senta e olha. A música, as cordas, os tambores, o quadril, o umbigo, a textura lisa da pele.
O olho no olho.
Muitas mulheres dançam a dança do ventre, mas a verdadeira dançarina mais que dança. Enfeitiça. Tira a alma do homem e embrulha naqueles véus todos e joga fora e deixa o que sobrou ali bobo, olhando, desligado, hipnotizado.
Ondulando ela se faz serpente e vai se esgueirando pelas suas entranhas mais desguarnecidas e morde fundo. E você morre, feliz. Feliz.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
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