Faz tempo já. Quanto? Quarenta? Sessenta anos? Qualquer coisa assim. Não tinha essas músicas de hoje em dia. Não tinha todo mundo com esses telefones na mão. E ninguém tinha carro, moto. Os passeios eram aqui na cidade mesmo. E as pessoas saiam para namorar. Tinha a calçada de quem ainda não tinha ninguém. Os rapazes ficavam encostados ao muro, conversando. As meninas passavam com as amigas, de mãos dadas. Trocavam olhares. Cruzar o olhar uma segunda vez já era uma grande conquista, conquistada com grande euforia e ansiedade. Mas tem tempo já. Hoje os tempos são outros.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
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