Eu tinha pressa. Deveria solicitar à funcionária apropriada que inserisse as informações no sistema. Aproxime-me da sala dela. Ela estava de costas para mim e eu podia ver, na tela de seu computador, um filme. Ela tinha fones no ouvido. E estava com a cabeça caída de lado. Ou era uma posição de extremo relaxamento ou então havia, de fato, dormido diante da distração. Eu não tinha acesso direto: dado o caráter restrito daquele departamento, a porta permanecia trancada e a tal funcionária deveria liberar meu acesso apertando um botão. Toquei a campainha. Nada. Bati na porta. Nada. Falei em tom razoavelmente mais elevado. Ô moça, oi! Nada. Intensifiquei minhas atitudes tanto quanto possível evitando, apenas, o limiar a partir do qual eu seria identificado como vândalo ameaçador. Nada. Até que uma outra moça, funcionária da sala ao lado, apareceu. Liberou meu acesso e acordou sua colega. Já sentado de frente à ela, sendo atendido, fui forçado a conter o riso ao ver o nome em seu crachá: Sonilda.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
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