segunda-feira, 6 de junho de 2022

Gênios desperdiçados

Quantas pessoas trabalham no desenvolvimento de um lançador de foguetes Javelin? Quantas pessoas trabalham em sua construção? Pense em tudo... na obtenção da matéria prima, na burocracia da cadeia produtiva, nos trabalhos de engenharia envolvidos, na logística de distribuição... Todo esse esforço para, por fim, matar quatro ou cinco jovens russos que não compreendiam o que estavam fazendo dentro de um tanque perdido sobre a Ucrânia. E esse tanque? Quanto esforço de desenvolvimento por trás?

Tento me distrair de tudo isso e abro o instagram, droga moderna que age diretamente nos centros de prazer no cérebro sem perturbar outros órgãos tal qual a cocaína ou o crack. Uma jovem toca músicas medievais em instrumentos típicos e canta também. Algo lindo. Mas... é ela mesma quem toca a flauta. O Bandolin. A percursão. Faz a montagem de todos os vídeos. O trabalho está excelente mas algo me incomoda...

Nossa vida social está fragmentada ao máximo e nossos esforços são mais coordenados nessas instituições cujo objetivo é destruir e matar.

O que essas pessoas todas poderiam estar fazendo caso o mundo compreendesse o valor inestimável da cooperação?

quinta-feira, 2 de junho de 2022

O que torna os humanos únicos

A discussão é velha. Tem sua face bíblica, sua face científica.

Talvez esse seja só meu palpite, nada mais. Acredito, contudo, que sustenta-se num certo empirismo.

Somos uma espécie em guerra absoluta. Estamos em guerra... com nós mesmos. Com a biosfera. E, por último, com a realidade. Fora destes três grupos encontram-se apenas uns deprimidos em estágio avançado.