quarta-feira, 18 de abril de 2012

Quilômetros

Que saudade filha da puta do caralho! Você se encaixava nos meus braços, ali certinho nos milímetros! De que adianta eu ficar pensando tanto em você? Não adianta porra nenhuma. Você sussurrou bons sonhos nos meus ouvidos. E eu escuto aquilo até hoje. Quem diria que as coisas ecoam também no tempo? Aquela voz leve, doce, quase sorrindo, quase dormindo, quase gargalhando. Doce... doce doce doce! Que saudade. Sua risada. Quando a gente andava, as ondas às vezes chegando até os pés. E a gente nem aí. Falava e ria. Tirava fotos. Brincava. Foi uma tarde perfeita, não foi? Foi um dia perfeito, não foi? A vida poderia ser sempre assim, daquele jeito. Aquele foi um dia em que eu amei existir. Sentir falta daquele dia, sentir essa dor de não estar mais aí perto... Estou sendo injusto? Foi já um presente de deus que eu estivesse aí ao menos um pouco. Agora estou longe, mas o que fazer? Você sente o mesmo?

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