Religion thus makes easy and felicitous what in any case is necessary.
Já faz muito tempo que William James, autor do clássico "The Varieties of Religious Experience" escreveu a frase acima. Não sou profundo conhecedor de suas reflexões. No caos da minha vagabundagem, aliás, não sou profundo conhecedor de nada. O que não me priva do prazer de alguns pensamentos!
Parece que as reflexões de James vão pouco a pouco acentuando o contraste entre a experiência "religiosa" e o restante das atividades humanas, até revelarem facetas do sentimento de transcendência que, embora possam ser atribuídos única e exclusivamente a fenômenos fisiológicos, são ainda assim importantíssimos para o desempenho da máquina-ser-humano como um todo.
Entender as razões que levam à rápida disseminação da fé é entender mais e mais as emoções humanas, nossas carências, nossos dispositivos inatos e sua relação com o ambiente (seja esse ambiente natural ou social). É entender os limites do nosso auto-controle. É entender o quão limitada é a razão no mando de seu próprio substrato.
O poder da coerência do discurso é assombrosamente maior que o poder da razão... Preferimos descrições coerentes de algo prazeroso ainda que falso a evidências fortes de algo constrangedor ou sem apêlo emocional.
E por fim, não que tenha algo muito diretamente a ver com o post, mas pra distrair... ele... Calvin!
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