Quando a pessoa está triste, será que o neurônio da tristeza fica feliz?
Quando eu sonho com uma boa pizza, meus neurônios sabem o que se passa?
Quando um glóbulo branco persegue uma bactéria, suas moléculas sabem que estão vivendo uma aventura dramática?
Passando do nosso próprio nível organizacional e perceptível para baixo é fácil desmerecer essas questões como certas curiosidades bobas.
Mas o que dizer quando passamos para um nível acima?
Se nossa rede de comunicações estiver desenvolvendo algum tipo de inteligência ou mesmo consciência própria, nós de algum modo saberemos? Seria possível de algum modo investigar se isso está acontecendo, mesmo que a experiência e o conteúdo exato desse nível superior nos escape?
Essa possibilidade, para além de uma curiosidade teórica, é também um tanto quanto alentadora. Penso que a consciência do mundo interconectado está apenas começando a acordar. E, como um bebê recém nascido, ainda está formando muitas de suas conexões e está, inevitavelmente, cometendo muitos equívocos e erros durante o processo caótico de tentar aprender a interagir com o mundo.
Se este super cérebro vai algum dia adquirir alguma maturidade, ou se será para sempre um imbecil desfuncional, isso só o futuro dirá.