segunda-feira, 23 de março de 2009

Longe

Uma tábua de madeira sobre a calçaca, cobrindo uma manutenção de rotina no pavimento. As pessoas andando. E as cenas típicas, as piadas despropositadas... Tudo acontecendo ali. A situação inusitada, os comentários, as fotos. Um cruzamento na cidade grande e lá muitas pessoas fazendo do inútil o objetivo final, dando-se à alegria com gosto.

Sorri um sorriso desacompanhado. Não que não houvessem pessoas comigo. Mas simplesmente não haviam outros sorrisos ao lado do meu. Quando se esmiuça o mundo assim com os pensamentos que vão perguntando o que está por trás de cada parede... vão surgindo salas escuras.

Ah! Mas que é que estou fazendo aqui? Sei que fui aonde não devia, me perdi por esta e aquela viela das pessoas que ficaram ao meu lado.

Vi uma criança sorrindo um sorriso expontâneo com seu amigos. Vi as duas sorrindo um sorriso só a uma cena que, em si, não mereceria tanto, não fosse o trabalho árduo daquelas crianças que havia pouco garimparam o duro simples do mundo atrás dos tesouros escondidos.

Sorri um sorriso desacompanhado. Mas olhei de volta, deixando de lado as salas escuras. Olhei à volta. Olhei... olhei que volta.

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