É que eu mergulho num imaginário
E sair é ver que as coisas só são
E eu gosto da agonia da falta de ar
Que dá essa urgência de um novo acontecer
Mas se algo acontece
Mas se a urgência é apaziguada
Pra onde vai minha agonia?
Quero afundar de novo
Não é melancolia
Não é tristeza
Ao contrário
É urgência de que a vida seja insolúvel
Pra que eu imagine não uma,
Mas duas mil soluções diferentes
A cada dia
E que nenhuma solução imaginada
Me prive do prazer de imaginar uma nova
Gosto da vida que é
E de inventar vidas que não são
E de esquecer irresponsavelmente
Se sou eu vivendo minha vida
Se sou eu vivendo minhas imaginações
Se sou eu imaginando minha vida
Se, quem sabe, não é tudo só
Um eu estranho imaginando que é só imaginação
sábado, 6 de novembro de 2010
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