segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Independência

Ah, o prazer de mandar a outra pessoa ir à merda!

De pensar, sem o menor peso na consciência... Com um grande afluxo de prazer, na verdade: foda-se!

Estou mudando. Minha benevolência desmedida, minha condescendência irrestrita, sofrem um intenso processo de erosão ao atritarem com os erros do mundo. Longe de se danificarem, a mudança de forma que assim sofrem as tornam mais robustas. Minha benevolência está lá, porém agora protegida por pontas agudas contra quem quer que se aproxime de forma indevida.

Não suporto excessos de manhas. Quando é questão de meiguice, puro adicional no estilo, tudo bem. Fica até bonitinho, feminino. Mas mulheres idiotas que tentam forjar uma exagerada postura de vítima, ou aumentar por meio de manifestações toscas as falhas de julgamento de todo pequeno ciúme... que vão à merda. Não me torço por isso. Não tenho paciência pra isso.

Estive quinta passada um pouco mais ausente. Muito trabalho, depois trânsito porque o corredor de ônibus da Rebouças anda a 1,5 km/h em horários importantes, e porque eu estava à voltas com grandes inspirações em minhas leituras, coisas produtivas para o meu trabalho. Estava, contra todos os esforços em contrário a que esta cidade se presta, em meus momentos de alta produtividade intelectual.

Dia seguinte, lá vem a chata:

- Sumiu ontem, nem uma mensagenzinha... Tava com a outra, é?

- Tava... Ela é ciumenta tipo você, daí pega mal ficar mandando mensagens na frente dela.

Não desminto nenhuma suspeita imbecil. Confirmo todas. Que morram as pessoas desequilibradas vitimadas pelos assombros de seus próprios fantasmas mal cuidados.

E eu, do meu canto, com um inegável afluxo de prazer, fico pensando:

- Foda-se!

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