quarta-feira, 27 de maio de 2009
Tão pouco
Não suma. Eu só quero que você não suma. Você não. Eu não esperava você aparecer. Eu não acreditei que nos conheceríamos tanto. Eu não sabia que seria tão rápido. Agora só quero que você não suma.
É o desencanto do mundo em nossos pequenos mundos? De perto, todo anormal é normal? Minhas poesias continuam dentro de mim. Tuas aparições ainda inspiram novas idéias.
Ou é medo? Respeito tanto você, sabe disso, respeito tanto que talvez, sem querer, te desarme. De onde vem um desejo tão agudo que ao mesmo tempo é assim tão libertino, talvez se pergunte.
Corpos há muitos no mundo. Só quero sua alma. Quero seu sorriso de perto, mas dispenso seu beijo se custar qualquer inconveniência. Quero só passar por seu olhar até entender seus sonhos. Até rir suas graças todas de dentro pra fora.
Talvez estranhe o comedimento de meus abraços. Mas sou possessivo. E mais que outros homens. Só quero sua alma. Quero estar dentro de você até de longe. Quero te preencher inteira até quando não estiver pensando em mim.
Só quero mudar as cores das coisas que você vê. Quero mudar a graça das coisas bobas que você vê na TV. À noite, jogada no sofá. Eu aí perto ou longe. Só quero que sinta meus tapas indignados protestando contra suas bobeiras num quase abraço que nunca se rende. Direto de minha mão, ou ainda que eu esteja do outro lado do mundo.
Não quero mudar o mundo. Não quero fazer desabar contra você a ira de convenções seculares.
Mas, diz pra mim, que legislatura há contra a comunhão invisível das almas?
Só quero sua alma. Só quero estar em seus pensamentos. Ainda que não esteja pensando em mim.
Só quero que entenda que você me é assim.
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Um comentário:
"Só quero que sinta meus tapas indignados protestando contra suas bobeiras num quase abraço que nunca se rende. Direto de minha mão, ou ainda que eu esteja do outro lado do mundo."
Desolador e ao mesmo tempo inspirador. Q saudade q eu estava d comentar no seu blog ;)
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