segunda-feira, 8 de junho de 2015

Adeus mundo!

Descobri que não sou necessário. Descobri que posso morrer de repente. Vítima de um crime, de um acidente, ou de um equívoco das batidas do coração. E o mundo seguiria seu curso. O aquecimento global, os trabalhadores voluntários, o preço do pastel. A morte injusta dos pinguins, os xingamentos de trânsito, as denúncias de corrupção. Tudo isso seguiria em frente. E então qual a razão de eu me preocupar em permanecer vivo?

Não me entendam mal. Para a alegria de uns e tristeza de outros, afirmo categoricamente: não estou pensando em suicídio.

Estou, isso sim, pensando na necessidade de viver "como se deve". Assistindo tais e tais programas de TV. Tendo esta e aquela rotina. Sendo a pessoa que devo ser.

Estou, de outro modo, descobrindo a liberdade de existir de outros modos. De um modo que não condiz com as expectativas pouco criativas com que a sociedade nos olha. Casamento. Filhos. Casa própria. Carro na garagem. Terno e gravata nos dias de semana.

Adeus mundo!

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