segunda-feira, 16 de março de 2020

De pedras e almas

Está lá, é claro que esta geometria que procuro está lá dentro escondida. E a lógica nos força a observar que: é, portanto, menor que eu. Qualquer ilusão de grandeza é nada além disso: ilusão. Coisas da forma, mentiras geométricas. É essa brutalidade toda das adições incoerentes que me fazem uma aparência menor. Há muito a retirar. Os receios, as vergonhas, as inseguranças, as dúvidas. Tudo isso a golpes de forças variadas. Violências pontiagudas. Talvez por isso a mediocridade seja tão confortável. Não é devido à dificuldade de a ela adicionar coisas. Mas devido à dor de se retirar o que se deve ao esculpir a alma. Temos todos tesouros dentro de nós.

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