segunda-feira, 20 de julho de 2020

Das amarras

Quando eu preciso sair de casa, quando eu preciso sair da rua, quando eu preciso sair da cidade, quando eu preciso sair do país, quando eu preciso sair do continente, quando eu preciso sair do meu idioma, quando eu preciso sair das minhas memórias, quando preciso sair de mim... entendo que tento escapar do peso esmagador da realidade. Das considerações sensatas. Da percepção de quão idiota é essa imaginação que não faz nada além de imaginar. Ai sim, finalmente, lá no longe confortável das loucuras, escrevo.

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