sexta-feira, 24 de julho de 2020
Pão
Moreno sujo dentro de uma roupa graxada e fedenta lá estava o pequeno Cleyton pedindo a primeira moeda do dia. Que eu neguei. Um pão, sugeri em troca. Aceno sorridente com dentes e gengivas todos expostos. Entrei ao balcão da padaria e dali voltei com dois pães e cem gramas de presunto. Sumiu num sei lá onde o Cleyton, rumando direto prum sei lá onde. Matando a fome do corpo e morrendo da fome da alma. Em alguma miséria, afinal, somos todos iguais.
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