sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Algema

Não, não! Pelo amor de Deus, não me olhe assim em todos os instantes, em todas as frestas! Onde é que eu deixo meu eu sozinho se você me absorver assim?! Eu serei seu apenas na medida em que eu existir sozinho para me reformar, me purificar, me individualizar de novo até restituir minha unidade depois de cada vez que nos misturarmos. Só com duas unidades completas é que se soma uma dupla, não é mesmo? Preciso da minha solidão. Deixe meus espaços de solidão em paz.

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