Sai, saia daqui! Saia de dentro de mim!
Preciso tirar esse demônio de mim. Esses demônios todos. Essa confraria do mal. Esse inferno inteiro do meu íntimo preciso tirar agora imediatamente.
E esse demônio sou eu.
Preciso deixar de ser outro a cada pequeno depois.
Preciso deixar de lembrar das coisas erradas.
Preciso deixar de precisar dessas necessidades que corroem.
Desejos diferentes, sonhos, sabores. Meu paladar muda a toda hora. Já experimentou isso? Já leu Shakespeare e Paulo Coelho na mesma noite e ficou em dúvida sobre quem seria genial? Já ouviu a suíte para cellos de Vivaldi e depois arrematou com um bom e adequado Zezé di Camargo & Luciano? Nem eu cheguei a tanto, mas hipérboles me divertem num sarcasmo de sorriso largo.
Que nojo de mim. Que podre. Quero o casamento eterno e apaixonado. Quero a putaria porca e imunda dos relacionamentos despurodados de segundos.
Quero todas as vidas. E nenhuma dessas é minha vida.
Preciso tirar esse demônio de mim.
E depois experimentar demônios diferentes. Porque é incorrigível. Porque não vou achar graça em corrigir.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
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