sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Bala perdida

O Rio de Janeiro não muda minha vida. A Garota de Ipanema, com sua caminhada pela praia na frente do poeta já tendo acontecido há tantos anos, fez até agora muito mais pela minha vida que as mortes no Rio que se passam agora. Que me importa que morram miseráveis ou pobres ou inocentes ou bandidos de qualquer espécie por lá? O mesmo acontece o tempo todo em dezenas de guerras que acontecem pelo mundo a todo instante, não é mesmo? Não me importo. Dane-se o Rio. Que se exploda o Rio. E fico contente por não assistir mais TV há tanto tempo. Assim, o Rio também não muda na minha vida naquilo que é o impacto mais significativo e chocante da violência no Rio para milhões de brasileiros: a qualidade da programação da TV.

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