quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pauta

Referencial. Tudo depende do referencial. E decisões precisam ser tomadas. Abstração ou a vida concreta? Daqui a pouco a vida já passou, e ficar decidindo não vai permitir que nem uma coisa e nem outra seja vivida.

Referencial: Como é que sou para mim? Onde busco sempre os olhares que me definem?

Bateu um carro lá embaixo, dá pra ver aqui da janela da sala. Devo me importar? Eu tenho minhas coisas para fazer. É um sucesso ter essas ocupações ou um fracasso não estar trabalhando nelas agora? Eu sou pra mim ou sou pro mundo?

Quero tudo, mas dizem que não pode.

Preciso pensar a respeito e chegar a um acordo.

A batida está atrapalhando o trânsito no cruzamento. Já estou em casa, não estou dirigindo: só acho engraçado mesmo.

Sou pra mim ou sou para os outros? Adam Smith me disse no bar que se eu fosse eu pra mim seria automaticamente o melhor eu para os outros também. Jesus discordou, mas já tinha bebido muito vinho. Marx veio me falar que o que contava mesmo era a sociedade. Tá Marx, mas quem é a sociedade, eu, você, ele ali na rua, quem? "Bem, veja que..." E me enrolou. Pensei em dar ouvidos ao Smith, mas quem fica se gabando da mão-invisível me cheira mais a batedor de carteira que só pensa em dinheiro.

Vejo que vou ter que decidir eu mesmo. Qual olhar me define?

2 comentários:

Marina Pavelosk Migliacci disse...

o meu aperto é às vezes pensar que não estou trabalhando nas minhas resoluções. mas tô. dias e dias...é difícil ficar olhando para si próprio e nossas escolhas

Claudia Sciré disse...

ah... como escolher é difícil... mas mesmo sem saber, às vezes agimos no automático e já estamos escolhendo... já estamos traçando um caminho