sexta-feira, 12 de junho de 2009

Aconteceu

Vai. Então vai, e vive sua vida. Era isso, não era? Eu precisava ter meu coração de pedra quebrado de novo. Não é justo escrever de amor e descrever cenas de amor sem amar, não é? Então vai agora, vai que aqui sua missão está cumprida. Sinto a saudade de que passei um tempo enorme fugindo. E sinto aquele peso no peito que só sente quem ama. Sinto saudade. De todos os tipos de saudade. De querer te abraçar apertado. De querer não te amar mais pra aliviar meu peito. De querer você pra sempre porque não tem outro jeito.

Quem imaginou que isso pudesse acontecer assim tão rápido? Era tão impossível, não é mesmo? Era sem sentido, até. Olha só o que você fez. Não sabe como estou hoje. Queria sair correndo pela cidade e te achar. No seu trabalho. Na sua casa. No meio do trânsito, que seja. Te pegar no colo e sair correndo, e correr e correr e correr, fugir pra algum gramado gigante, com árvores, sombra e uma paisagem. E um canto invisível, esquecido. E ficar lá. Te dar meu ombro como travesseiro e meus carinhos como cobertor. Perguntar histórias suas. Dormir com meu rosto grudado no seu.

Por que é que eu quero tanto isso? Eu não sei mais de resposta. Não sei nem das que eu deveria saber, nem das que eu gostaria de saber. Só sei que você já me faz falta. Me faz uma falta danada. Vá... Já se apoderou do meu coração, coisa que deveria ser algo impossível e não lhe foi. Agora vá, tome sua vida para si e vá vivê-la, antes que eu não consiga soltá-la nunca mais.

Nenhum comentário: