quinta-feira, 18 de junho de 2009

Minas

A viagem foi o máximo. Todos gostaram, todos felizes. Bom assim. Mas chegou a hora de ir embora, e em um só carro não caberiam tantas pessoas. Quem manda metade do pessoal ir de ônibus? E eu me ferrei. Gosto de parecer o gara gente boa no meio da turma, mas vez ou outras aparece uma situação dessas e, pra não cair em contradição, me ferro. Lá fui eu prontificando-me a voltar pra casa de ônibus.

Ponto de ônibus. Beira de estrada. Dois bêbados se aproximam. Um bem bêbado e com cara de ser a pessoa mais ingênua e bem intencionada do mundo. O outro, não tão bêbado e com cara de ser um mal elemento às vésperas de queimar uma igreja com o padre dentro. Conversavam assuntos deles. Os carros passavam. Os mosquitos me mordiam. Eu olhava o horizonte. Uns urubus ignoravam tudo, em cima de um poste ao lado.

Resolvi fugir dos bêbados e subi no primeiro ônibus que passou, sem nem ver qual era. Fui até o fundo mas só tinha gente feia pra trás, voltei pro primeiro banco e sentei ao lado da morena bonita. Normalmente evito o primeiro banco, mesmo que tenha morenas bonitas, pois considero um lugar perigoso na eventualidade de um acidente.

Fisioterapeuta. Conversei com ela por um longo tempo. A viagem toda. Até Belo Horizonte. Eu nunca tinha ido pra Belo Horizonte.

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