domingo, 14 de junho de 2009

Subscrito

Eu te disse uma vez que não acredito em palavras, e acho que você se surpreendeu. Logo eu, tão dado a escrever em qualquer guardanapo jogado, não é? Logo eu, que preciso de mais de um nome pra guardar todas as minhas idéias, não é? Mas não, não acredito em palavras. Em declarações, em flores, em juras... Não acredito em nada disso. Essas coisas mentem. Essas coisas são mercenárias, se dão aos usos de quem as pagar e pronto, sem pudor.

Mas naquela tarde a gente se olhou nos olhos... Do jeito que se olhou. Você lembra, eu sei que lembra. Que mais caberia dizer? Que mentira invalidaria aquilo? Você viu em mim, não viu? Eu vi em você também, não vi? Estava lá, não estava?

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