sábado, 28 de junho de 2008

Passo além

Lembrei de uma cena do famoso filme Indiana Jones - O Santo Graal. No momento em que ele está quase chegando ao graal, passando pelos últimos obstáculos. "Aquele que acredita passará", era algo assim a frase. E ele, diante de um precipício enorme, dá um passo no vazio. E quando está para cair à escuridão seu pé encontra uma ponte. De pedra, rígida, firme e sólida. Que estava ali, invisível o tempo todo sim, mas estava ali.

Quantos de nós dão esse tipo de passo no dia-a-dia? Que filosofia mais barata essa minha, com filmes assim de grandes bilheterias... Boas filosofias são as dos filmes que ninguém assiste, porque levam a insights que ninguém teve ainda.

Mas ainda assim... quantos de nós dão esses passos?

Percebo agora que devo eu, eu mesmo, dar desses passos por aí. Não adianta ficar parado olhando ao redor, esperando os outros começarem a andar assim sobre o nada cheios de coragem para ir ao encontro deles pensando: "finalmente, que gente legal que eu achei!". Ficar parado frente ao nada criticando o resto do mundo não ajuda.

2 comentários:

Maína Machado disse...

Descordo de você, acho que justamente as filosofias mais caras são aquelas que vêm do banal, do cotidiano, do xulo, do filme do Indiana Jones. Tal como a poesia, é muito fácil tirar poesia do amor, agora vá se meter a tirar poesia de uma par de chinelos! E, respondendo ao comentário q vc fez da minha última postagem, não é do meu interesse espalhar por aí que vc não tem o conhecimento literário que gostaria de ter, ainda mais porque essa é uma opinião sua, nem sei da sua carga de leitura, sei que gosto dos seus textos, e conhecimento maior tiramos da vida.
Quanto aos mortos do meu texto, sim.. podemos dizer que eram livros, mas mais especificamente eram os esritores destes livros. Uma metáfora metonímica pobre, mas contextual.

Maína Machado disse...

"Boas filosofias são as dos filmes que ninguém assiste, porque levam a insights que ninguém teve ainda."
Meu raciocínio foi apenas de que você usa este trecho para se contrapor à frase "mas que filosofia barata essa minha com filmes de grandes bilheterias", ou seja, você rebaixa os filmes de grandes bilheterias, tais como os do Indiana Jones. E eu acho possível e belo estrair uma filosofia de algo considerado xulo, vc o faz muito bem no seu próprio texto inclusive. A tecnologia tem lah suas vantagens, mas qdo se trata de conversas literárias, confesso que prefiro expressar-me pessoalmente. Um dia, se tivermos a oportunidade de sentarmos e tomarmos um café, seria mais produtivo do que nos mal entendermos pelo blogg.