Amores, amores que nunca se contam. Amores que não se permitem contar aos outros. Amores que se furtam a contar pra mim o que são. O que são em mim. O que são de mim. Muitos amores. Um coração cheio, uma alma cheia.
Não se cabe um mundo grande dentro num mundo grande fora. É muito espaço. Ou vai a vida, ou vai o sentir a vida.
Muitos amores. Lembranças de olhares. Cheiros. O indescritível prazer da companhia. Da conversa. A dor saudável da saudade. A euforia revigorante da expectativa. Muitos, muitos amores.
Sendo-se um pouco de tudo vai-se a quase tudo deixando-se de ser um só. Deixando-se de ser, para todos os efeitos.
Muitos sentidos. Muitas histórias. Muitas memórias. Um só eu. Ninguém. Nem uma letra. Nem uma letra é mentira. Nem uma letra é verdade.
É um certo consumo de mim mesmo este constante nascer do nada. É uma sensação estranha de sempre ser esse limiar de existir. É uma água na boca de um sabor que eu desconheço. É uma lembrança de um lugar onde nunca estive, cheio de cores que nunca vi. Amores. Amores que nunca se contam. Amores que não se permitem contar aos outros.
terça-feira, 24 de junho de 2008
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