Antes que pudesse se esconder em seus medos ouviu gritos vindos de longe.
-Não! Não busque as terras distantes! Não busque as ilhas legendárias! Do contrário jamais as encontrará!
Balela. Blasfêmia. Burrice. Como é que se chegaria a um local precioso, um local tido pelos viajantes antigos como uma extensão do Paraíso descendo à própria Terra? Era impossível ficar parado num mesmo lugar aguardando que ele chegasse.
E foi atrás do lugar encantado. E morreu a caminho, tanto mais longe de seu destino quantos foram os passos pela busca.
E assim foi com muitos outros que o seguiram, um após o outro. Definhando ao longe.
Um, apenas um, séculos mais tarde, sentiu não ser merecedor de uma obra divina tão esplêndida, e contentou-se por deliciar-se com os relatos antigos, com o que sabia das histórias. Nesse saciar sem fim fez-se uma constante presença em seu olhar a tranquilidade relatada como única da terra prometida. E este olhar contagiou um por um todos ao seu redor. E o paraíso havia então vindo ao único que nunca furtou-se a conquistá-lo.
domingo, 1 de junho de 2008
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Um comentário:
Nossa...fiquei totalmente fã deste "Apenas um".
(A gente tem que aprender com estes caras!!! rsrs)
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