O som era alto, o ambiente um tanto quanto tomado pela fumaça. A conversa ia caminhando por meandros estranhos, trazendo à tona tudo o que já era sabido de todos (quase todos), mas ainda assim produzindo um enorme constrangimento. De ambos os lados.
Ao constrangimento, reagiam: riam. Ridicularizavam o que eram constrangedor. Ignoravam o que mais lhes era próprio.
Beijaram-se, olharam-se nos olhos. Abraçaram-se. Sentiram uns aos outros.
Não houve amor. Houve apenas desse sentimento que chateia a saudade e que corrói a imaginação.
E estavam felizes: havia um pretexto para, naqueles instantes, não se pensar em felicidade.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
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