Há muitas histórias na literatura que versam sobre os sonhos tão grandiosos, tão abrangentes, tão gulosos que conquistam com todo o mérito o mais liso nada. Histórias que dóem mais serem vividas do que lidas. Veio um amigo meu ontem contando seus causos. Contando das vezes em que o telefone não tocou. Contando de quantas vezes pensou e não falou e se arrependendo das vezes em que falou e não tinha pensado muito antes.
Concluímos que o problema não eram as histórias em si, mas a crise com nunca sentir ter sido quem queria ser naquela hora.
Voltei para casa pensando na vida. Pensando nas histórias que meu amigo contou. Usando os problemas alheios para aprender um pouco de todos, um pouco dos meus.
Sentei em frente à estante. Tirei alguns empoeirados para ler as velhas histórias, e acho que elas perderam esse ponto: não é ausência de toda a prosperidade desejada, da mulher perfeita, da vida gloriosa... é a ausência de um eu coerente com tudo isso, na hora certa. A ausência de um eu coerente com o que está aí. Essa sensação causa estranheza...
Não sei que nome ela tem. Não quero pensar em um nome para esta sensação pois, caso ainda não o tenha, eu perderia o paraíso por inventar mais esse martírio à humanindade.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
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