sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Desabafo



Eu sinto saudades, porra! Sinto raiva de tudo o que aconteceu, e tenho meu orgulho que não me permite falar isso na sua cara... Não sei se é orgulho ou se é excesso de bom senso... Afinal eu sei que a gente não pode ficar junto, não muito junto. Não um casal desses com promessas... Não confio que seja possível saber o que se vai sentir amanhã, e não posso me deixar acreditar em qualquer promessa ou declaração sua. Você não tem idéia do quanto pode me deixar triste, não é mesmo? Não tem, não é possível... Tivesse, seria desnecessário eu falar aquelas palavrinhas que fizeram tanta falta da segunda vez... Afinal de contas, de onde acha que tiro tanta atenção, preocupação, vontade de que você esteja bem... Que outra explicação haveria para dar conta da magnitude da minha tristeza frente a uma ausência tão boba... Eu ali em frente ao seu apartamento, no horário combinado, e sua presença desmentida num telefonema de dez segundos... "hoje não vou poder, fica pra outro dia". Só. Fiquei tão mal, mas tão mal... Mas não quis contar. Claro que não! Não que eu não pudesse falar dessa tristeza em si, mas ela implica em coisas que, se você não percebe, melhor que não saiba...

Não quero que você fique perto de mim apenas pelo bem que faço às suas carências. Danem-se elas. Quero que você deixe suas carências de lado para aproveitar seu lado mais feliz, que eu sei que existe e que você sufoca perdida em tristezinhas desnecessárias. Viva mais! Vá aos lugares, olhe as coisas que quer olhar. Faz falta alguém pra tocar, abraçar, beijar e o que mais queira, mas isso não pode ser a única cola a unir duas pessoas... não em uniões não-efêmeras.

Soubesse da vontade que eu tenho de te dar uma abraço apertado... deixar meu rosto colado ao seu, falar das minhas saudades e sentir que o tempo vai passando em volta à toa... É por medo que não faço isso? Talvez... Gostaria de ser tão feliz com você. Mas ninguém tem um acesso tão escancarado às minhas tristezas quanto você. Não deveria ser assim. Eu deveria gostar menos de você. Não me importar. Seria mais fácil roubar tuas alegrias pra mim...

Que saudade de merda! Dos infernos! Que vontade desesperada de ficar um tempo junto com você, no sofá, assistindo qualquer coisa, até a preguiça soldar a gente e você descançar em paz deitada no meu ombro... te dar um beijo na testa de leve um segundo antes de você cair de vez no sono... eu tenho um ódio infernal de gostar tanto assim de você...

Um comentário:

Mariana disse...

eu tenho um ódio infernal de nao conseguir odiar ngm!