A falta de discussão filosófica, de educação argumentativa, produz uma nação capaz de filosofar e de argumentar. Straightfoward, right? E é esse o pé em que estamos. Somos incapazes de compreender princípios. Cada cidadão está mergulhado em sua experiência imediata sem uma percepção de tempo e de contexto que extrapole sua existência individual. A despeito da comunicação verbal e dos smartphones, retornamos à selvageria. A capacidade de abstração desapareceu. Como discutir princípios legais como a presunção de inocência, ou impactos de segunda ordem de políticas públicas a longo prazo, com pessoas que passaram a vida sem contato com a filosofia e com a experiência de discussão de pontos de vista diferetes? Idiocracy está acontecendo.
Outro dia fui discutir com uma amiga se o mundo está evoluindo ou involuindo. Entramos em um embate em torno da palavra “involução”. E eu queria entender melhor o que ela estava querendo dizer. “Imagine um mundo que está involuindo. Como seria esse mundo?”
“Mas não está! As coisas ruins estavam em um estado latente.!”
“Sim, entendo. Mas, por hipótese, em um mundo que sofresse uma involução, o que aconteceria?”
“Mas não está! Há coisas que não apareciam nas estatísticas do passado e agora aparecem, entende?”
E assim foi. Difícil entender o mundo real sem conseguir investigar as nuances das abstrações.
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