Meus grandes amigos, que vou chamar aqui de Carlos e Joana, terminaram o noivado. Estão pagando um apartamento e tudo o mais. Mas o Carlos não estava feliz. Joana, ao longo dos últimos anos, foi se revelando uma pessoa que não o fazia muito feliz e, além disso, não vinha pagando as prestações do apartamento. Eu sou amigo dos dois. O que me deixa numa posição difícil. Porque a Joana quer conversar comigo agora todos os dias. Ela tem esperanças de voltar. De recuperar o amor do Carlos. O que ela está fazendo? Ela está emagrecendo, correndo. Está fazendo brigadeiros para vender. Está buscando trabalhar seu humor com a vida tendo contato com coisas mais animadas. Teatro e filmes felizes. E as prestações do apartamento? Continua não pagando. O que o Carlos pensa disso? Pensa o que eu esperava que ele pensasse: por melhor que seja a Joana, não dá para confiar em passar a vida com ela. E quando os pais dela não puderem mais ajuda-la com suas dívidas? Ela tem emprego fixo, um salário aceitável e mora com os pais. E ainda assim torra sua grana com distrações corriqueiras. Eu já tentei dizer à Joana exatamente o que penso mas, quando começo a ser mais direto em meu discurso, as mensagens dela desaparecem. Joana... pare de querer voltar. Uma ótima coisa que você poderia fazer agora seria ter raiva do Carlos e não esse desespero de querer voltar. Valorize-se. Não importa aqui quem tem razão ou não. Importa você se valorizar. Ignore tudo o que você acha que ele espera de você. Cuide da sua própria felicidade independentemente dele. Não acho que você saiba o que é isso na verdade mas é uma boa hora para descobrir. Honre seus compromissos com o pagamento do apartamento mas sem vistas a retomar a relação. Faça isso pela sua dignidade. Nem pense em insistir para voltar com ele. Te juro, como amigo, que nada lhe faria mais bem.
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