Francesco estava em sua banqueta, cigarro na boca. Chicoteava os funcionários com o olhar. Com os resmungos. Três jovens sem camisa, movendo as lenhas entre as pilhas de um lado a outro daquela sujeira, entre as serras barulhentas, por entre a atmosfera densa de farpas irrespiráveis. Amadeu havia chegado. Procurava os papéis no carro. O negócio seria fechado e a vida de todos ali se alteraria drasticamente ao gosto de uns respingos de tinta num papel idiota. Era a marcha do mundo. Os gordos, resmungões e preguiçosos teriam seus novos confortos. E aos jovens dali o trabalho iria se avolumar, pesando-lhes nos braços e nas tábuas eventualmente caídas nos pés. Tinham é que dar graças, havia trabalho!
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