domingo, 3 de maio de 2015

No centro do mundo

Cento e setenta e seis quilômetros e nada a vista a além de soja e cerrado.

Vejo ainda de longe uma pequena casinha à beira da estrada. Uma espécie de bar, de restaurante. Algumas mesas sob um toldo improvisado. Não resisto e páro.

Puxo conversa. Descubro histórias. Veio de longe. Tem anos já. Não resisto e pergunto.

-E como foi que decidiu ficar aqui no meio do nada?

A resposta veio embrulhada no sotaque:

-Uai seu moço, mas é que meio do nada também é o centro de tudo, num é não?

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