sexta-feira, 18 de abril de 2008
Hora de dormir
Nossa mãe! Preciso arrumar meu quarto qualquer hora. Só queria dormir mas foi impossível não ser tomado de terror por tamanha bagunça. É tanto talvez jogado, tanto e se do avesso em cima do cesto. Pior é a máquina de lavar, quebrada. Isso ainda fica assim por um bom tempo, que eu sei. Vou dormir assim mesmo. Apagar a luz e deixar isso tudo sumir. Abraçar meu travesseiro. Xingá-lo até esquecer que é um travesseiro. Olhar pra ele, no escuro, tendo a certeza de que no meio da bruma impenetrável aquele olhar me procura também. Que diferença faz, se cinco centímetros ou vinte quilômetros? Aquele olhar me procura também, é o que importa. Um certo desconforto nos meus pés. Eram só uns princípios jogados na cama. Chuto um por um para o chão. Amanhã faço um pacote bem grande e jogo tudo fora, que é dia do lixeiro.
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