Não, o conhecimento intelectual não é dicotômico. Se posso fazer uma analogia matemática, meio à moda de Lacan, mas com muito mais propriedade que ele (porque eu sei o que estou fazendo, vou me explicar, e há uma pertinência no que vou dizer), aqui está: o conhecimento intelectual distribui-se sobre um continuum. Assim como entre qualquer número racional encontra-se um outro número racional, criando uma sequencia de números efetivamente sem nenhum espaço entre si (não importa o quão próximos dois números estejam, sempre existem infinitos números entre eles!), assim também o é com o conhecimento humano. Não existe loucura de um lado, razão do outro, e um vazio no meio. Prova disso é montanha de papel que já se gastou com a doutrina filosófica do Solipsismo. Que nada mais é do que a loucura dos manicômios e dos botecos, manifesta em quem senta em poltronas confortáveis e tem tempo de sobra para não usar em nada que preste. Mas, de coisa inútil em coisa inútil, a humanidade vai se construindo. Até eu aqui, escrevendo essa coisa que ninguém vai ler, num site que ninguém acessa, sou parte da marcha adiante.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
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