Não acredito mais em nenhuma explicação mundana para o que acontece. Falha de planejamento. Descaso. Essas coisas normais, de sempre. A calamidade que se avizinha deve ter causas pensadas profundas. Ainda que eu não goste de teorias da conspiração. Mas não me sobram outras. Querem mesmo sitiar São Paulo. Tirar proveito desse estado de emergência. Que vão logo os pobres todos daqui. Que saiam também as pessoas de classe média de bons bairros. Quero ver quem vai comprar os restaurantes de Moema e do Tatuapé quando estes começarem a fechar. Essa gente deve ser culpada. Só pode. Lei de mercado? Balela. Estão falindo a cidade de propósito. Esperar mais para começar um rodízio oficial e intenso só porque caiu uma chuvinha a mais é a mais pura piada. Mas somos anêmicos políticos, e não fazemos nada. Ficamos indignados com a morte de meia dúzia na redação do Charles Hebdo e não ligamos para o holocausto silencioso que se instala ao nosso redor. Diarréia. Sede pura. Quando li Ensaio sobre a Cegueira não imaginava que aquela nogentice toda que se instalou a cidade também fosse causada por cegueira política. Saramago gênio. Povo burro.
quinta-feira, 5 de março de 2015
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