sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

De braços abertos, de coração aberto

Muitos familiares queridos estão longe. A calça está sendo repetida já há alguns dias. Demora chegar até ali. Estrada de terra. Desviando de pedras, buracos, lama. Ponte de madeira sobre o pequeno riacho. É claro que há toras quebradas. Um lembrete de que o tempo é implacável e a segurança é duvidosa, mera ilusão. Sigo em frente. O lugar, no meio da floresta, é de paz. Gansos correndo pelo gramado. Cachorros tranquilos, amistosos. Animam-se com a minha chegada e vêm pedir um pouco de carinho.

As pessoas estão me esperando para o jantar. Não é minha família. Mas é minha família. São as pessoas que estão aqui me acompanhando, esperando por mim.

Não era aqui que eu imaginava estar. Não era com essas pessoas que eu imaginei estar. Mas é aqui que estou. Feliz pelos bons imprevistos da vida.

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