terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Olé

Amigo, caro amigo. Andamos sempre juntos. Muito tempo juntos. Somos diferentes, é claro. Os livros que você lê, e inclusive os livros que você escreve, são totalmente diferentes dos meus. As músicas que ouvimos. E assim por diante. Mas compartilhamos muitos amigos. O que é ótimo. Ter no mundo uma pessoa tão próxima, alguém que ri junto e que entende a gente numa amizade tão verdadeira. Sou feliz por sermos assim amigos. Mas vou sucumbir a um certo egoísmo e orgulho. Sabe aquela nossa amiga? A professora? É uma amiga em comum, não é? Pois bem... ela me convidou para o casamento dela. E, até onde eu saiba, você não está convidado. Não quero ser um arrogante escroto mal educado aqui. Não é ruindade. É só sinceridade quanto a esse alívio existencial: ainda existo o suficiente para ter minhas próprias amizades. Sabe muito bem que eu tenho um medo enorme de, de uma hora para outra, deixar de existir

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