Esse atentado na França está, como tantas outras coisas, me sufocando em minha própria ignorância. Tanta coisa que eu não entendo.
Não entendo tirar outra vida em nome de um deus, qualquer espécie de deus que seja.
Não entendo ofensas levadas ao extremo por coisas pequenas. Um cartoon. Ou a declaração de um artista na TV. Ou um costume de uma outra cultura manifestado na mesa ao lado.
Há alguns dias passou na Globo "O Pagador de Promessas". Se o Zé do Burro fez sua promessa num terreiro, a Iansã, então a igreja católica não deve aceitar sua devoção. Por que?
Está para surgir uma religião da união. Uma religião cujo deus seja, ele próprio, a aceitação do outro e, e cuja salvação seja a busca de uma harmoniosa convivência com as diferenças.
Talvez seja tudo culpa dessa mentira utópica. Somos todos iguais. Somos todos iguais. Racismo é errado, afinal somos todos iguais. Homofobia é errado, afinal somos todos iguais. O voto deve ser universal, afinal somos todos iguais. Quanta mentira, quanta mentira! Somos todos diferentes. E é esta a verdadeira razão pela qual devemos aceitar a todos igualmente.
Confesso que, ainda que alguns dias atrasado para ler tudo isso, estou triste e chocado. Sei que há tantas outras mortes sem sentido acontecendo. No trânsito. Nos hospitais. Nas casas. Nos esquecimentos. Mas não precisava, ainda, de mais essas...
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