segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Refutações

Ficaria feliz o Thomas Kuhn, o Popper e essa gente toda, ao saberem que fiz uma teoria falseável.

Mas estou com um problema quanto às conclusões.

Eu disse que a vida era algo que acontecia no terreno difuso entre os extremos óbvios.

Mas eu observei que eu escrevo mais, muito mais, quando estou muito feliz ou muito triste. Muito empolgado ou muito resguardado.

E agora não sei o que isso significa, porque sobraram duas conclusões possíveis.

Ou a vida acontece nos extremos, e minha primeira afirmação era falsa. Ou então a escrita não pertence, propriamente, à vida, e sim a algum domínio paralelo.

O que não deixa de ter, também, sua poesia.

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