Sei das distâncias. Das distâncias de estar perto. Das distâncias de ouvir à noite. Das distâncias de entender que a vida tem um tamanho finito. O que serão dos dias? Já achei que fosse morrer. E não te dei tchau. Já ganhei na loteria. E não pulei com você sobre a areia da praia. Rindo com estranhos. Provando pra todos que a vida é boa. Que o mundo é bom. Você é um sonho e não sei direito quando foi que acordei. Ainda estou sonolento, tateando as paredes do corredor em busca de um copo de água na cozinha. Quantos copos de água até esvaziar o Atlântico e atravessá-lo a pé? Quantos sonhos até voltar no tempo? Quantas vezes o sol se por até que aqueles dias se apaguem?
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
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